quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Estudo e Lazer.: Exportações, importações e seus efeitos sobre preç...
Estudo e Lazer.: Exportações, importações e seus efeitos sobre preç...: 04 de agosto de 2011 | 0h 00 - O Estado de S.Paulo As exportações brasileiras são sensíveis a dois fatores principais: a taxa de câm...
Exportações, importações e seus efeitos sobre preços
04 de
agosto de 2011 | 0h 00
- O
Estado de S.Paulo
As
exportações brasileiras são sensíveis a dois fatores principais: a taxa de
câmbio e o preço das commodities. Já as importações continuam sensíveis à taxa
cambial, que dita o preço pelo qual o produto será vendido no mercado nacional,
e ao Índice de Preços ao Produtor, levantado pelo IBGE.
Neste
ano, foi o preço das commodities que as levou a superarem as importações em
valor e a representarem 46,7% do total exportado. A valorização do real ante o
dólar foi compensada pelo aumento dos preços desses produtos. Tomando por base
o índice de commodities do Banco Central, verifica-se que em 12 meses o aumento
foi de 26,04% (de 31,01%, no caso dos produtos agropecuários; de 19,99%, no dos
produtos metálicos; e de 16,58%, no dos energéticos).
De um
modo geral, o aumento do volume exportado ficou muito abaixo do dos preços: no
caso do minério de ferro, 5% e 71%, respectivamente; no do petróleo, 1% e 37%;
e no do café, 8% e 62% - para dar alguns exemplos.
As
exportações de commodities, que subiram em 2011 até maio, quando atingiram o
recorde de US$ 12,1 bilhões, estão dando um sinal contrário desde junho,
refletido no Índice de Commodities do Banco Central, que no acumulado dos sete
primeiros meses apresenta um recuo de 1,96%.
Isso é um
sinal de que as exportações poderão acusar queda nos próximos meses, que
dificilmente poderá ser compensada por um aumento das vendas de produtos
manufaturados, apesar da anunciada nova política industrial, que se mostra
muito tímida.
Podemos
tentar verificar se as importações tiveram efeito sobre os preços da indústria
de transformação, comparando, para isso, os preços de junho de 2011 com os de
junho de 2010. O maior aumento se verificou entre os produtos têxteis: 22%. Os
produtos químicos, não derivados do petróleo, subiram 6,82%; e os produtos
alimentícios, 16,16%.
Não somos
grande importador de produtos alimentícios, mas os preços internos acompanharam
os do mercado internacional. No caso dos produtos têxteis, houve uma invasão de
importados, mas a indústria nacional sofreu com a elevação dos preços dos seus
insumos e procurou compensar, com aumentos de preços, a queda da produção
própria, para manter margem. A alta de preços dos produtos químicos reflete a
nossa maior demanda de fertilizantes. Em compensação, os bens de informática e
os eletrônicos com componentes importados acusaram queda de preços de 16%. Cabe
avaliar os casos em que a importação teve efeito positivo.
Para
sua análise: Para o industrial brasileiro, que deseja exportar quais deverão
ser seus principais cuidados para que possa ter competência para atuar no
mercado internacional?
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