quarta-feira, 26 de setembro de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Estudo e Lazer.: Exportações, importações e seus efeitos sobre preç...
Estudo e Lazer.: Exportações, importações e seus efeitos sobre preç...: 04 de agosto de 2011 | 0h 00 - O Estado de S.Paulo As exportações brasileiras são sensíveis a dois fatores principais: a taxa de câm...
Exportações, importações e seus efeitos sobre preços
04 de
agosto de 2011 | 0h 00
- O
Estado de S.Paulo
As
exportações brasileiras são sensíveis a dois fatores principais: a taxa de
câmbio e o preço das commodities. Já as importações continuam sensíveis à taxa
cambial, que dita o preço pelo qual o produto será vendido no mercado nacional,
e ao Índice de Preços ao Produtor, levantado pelo IBGE.
Neste
ano, foi o preço das commodities que as levou a superarem as importações em
valor e a representarem 46,7% do total exportado. A valorização do real ante o
dólar foi compensada pelo aumento dos preços desses produtos. Tomando por base
o índice de commodities do Banco Central, verifica-se que em 12 meses o aumento
foi de 26,04% (de 31,01%, no caso dos produtos agropecuários; de 19,99%, no dos
produtos metálicos; e de 16,58%, no dos energéticos).
De um
modo geral, o aumento do volume exportado ficou muito abaixo do dos preços: no
caso do minério de ferro, 5% e 71%, respectivamente; no do petróleo, 1% e 37%;
e no do café, 8% e 62% - para dar alguns exemplos.
As
exportações de commodities, que subiram em 2011 até maio, quando atingiram o
recorde de US$ 12,1 bilhões, estão dando um sinal contrário desde junho,
refletido no Índice de Commodities do Banco Central, que no acumulado dos sete
primeiros meses apresenta um recuo de 1,96%.
Isso é um
sinal de que as exportações poderão acusar queda nos próximos meses, que
dificilmente poderá ser compensada por um aumento das vendas de produtos
manufaturados, apesar da anunciada nova política industrial, que se mostra
muito tímida.
Podemos
tentar verificar se as importações tiveram efeito sobre os preços da indústria
de transformação, comparando, para isso, os preços de junho de 2011 com os de
junho de 2010. O maior aumento se verificou entre os produtos têxteis: 22%. Os
produtos químicos, não derivados do petróleo, subiram 6,82%; e os produtos
alimentícios, 16,16%.
Não somos
grande importador de produtos alimentícios, mas os preços internos acompanharam
os do mercado internacional. No caso dos produtos têxteis, houve uma invasão de
importados, mas a indústria nacional sofreu com a elevação dos preços dos seus
insumos e procurou compensar, com aumentos de preços, a queda da produção
própria, para manter margem. A alta de preços dos produtos químicos reflete a
nossa maior demanda de fertilizantes. Em compensação, os bens de informática e
os eletrônicos com componentes importados acusaram queda de preços de 16%. Cabe
avaliar os casos em que a importação teve efeito positivo.
Para
sua análise: Para o industrial brasileiro, que deseja exportar quais deverão
ser seus principais cuidados para que possa ter competência para atuar no
mercado internacional?
segunda-feira, 16 de julho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Estudo e Lazer.: Gerenciamento de processos.
Estudo e Lazer.: Gerenciamento de processos.: GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Sandra Denise Lach * RESUMO Este artigo apresenta o Gerenciamento de Processos que vem com a prop...
Gerenciamento de processos.
GERENCIAMENTO DE
PROCESSOS
Sandra Denise Lach*
RESUMO
Este artigo apresenta o Gerenciamento de Processos que vem com a
proposta de manter a competitividade das empresas por intermédio da melhoria
contínua, buscando a qualidade dos produtos e serviços, agregando-lhes maior
valor para atender as necessidades dos clientes. O gerenciamento de processos
analisa profundamente todas as entradas e saídas dos processos, bem como suas
finalidades, deficiências. Através de uma análise profunda dos seus processos e
da identificação dos processos críticos, procura-se determinar as principais
deficiências desses processos e as sanar pela implantação de ações de melhoria.
Palavras-chave: Gerenciamento, Processos, Melhoria.
1. Introdução
Além da Introdução, o artigo expõe conceitos,
processos de melhorias. A organização pode ser visualizada como um sistema que
realiza seu trabalho através de um conjunto de atividades inter-relacionadas,
que consomem recursos e produzem bens e serviços, denominados de processos. (DAFT, 2007. p. 39).
Gerenciamento de
Processos permite definir, analisar e melhorar os processos críticos do sistema
de produção, avaliando as atividades do processo que afetam de maneira positiva
ou negativa, o desempenho da empresa no mercado. Portanto, esta ferramenta vem propor soluções
voltadas para a busca permanente da satisfação dos clientes internos e
externos. (HARRINGTON, 1998).
O Gerenciamento de
Processos pode ser muito útil às empresas, pois busca – através da melhoria
contínua nos processos e da desfuncionalização da organização – a qualidade
crescente para os produtos e serviços, agregando-lhes um maior valor. Este
artigo contribui para aplicação na gestão de processos de empresas, empresários
e estudantes. Para o gerenciamento de um negócio é necessário que haja
elaboração de informações são elas que dão respaldo à tomada de decisão.
2. Gerenciamento dos
processos
Gestão
de Processos deve estar apta a rastrear todo o processo, independentemente do
seu tamanho, complexidade ou extensão (fronteira da empresa). Qualquer processo
fundamental representa o negócio da empresa e esta deve ter completo e acurado
controle sobre sua execução, a qualquer momento. Isto irá aumentar a
visibilidade e o entendimento sobre o seu processo, aumentando a eficiência dos
colaboradores, partners e clientes.
Além
disso, a captura de informações históricas ira permitir a identificação de
problemas e gargalos. O monitoramento dos processos deve acontecer também em
tempo real, elemento crucial para o atendimento da eficiência operacional. O
conhecimento de como os processos se movem afeta diretamente a performance da
organização e é crítico para a implementação de melhorias. (HARRINGTON, 1998).
Falar em processos é quase sempre falar em ganhos de eficiência,
redução de custos, perdas e riscos, melhoria da qualidade, etc. Não
existe um produto ou serviço sem que haja um processo. Da mesma maneira, não
existe um processo sem um produto ou serviço.
Se as pessoas
conseguem aprender a visualizar as estruturas dentro das quais trabalham,
acabam dominando a habilidade de lidar com elas e estar mais propensos às
mudanças.
Para
Harrington (1998, p. 10), processos empresariais são:
(...) todos os processos que geram
serviço e os que dão apoio aos processos produtivos. Um processo empresarial
consiste num grupo de tarefas interligadas logicamente as quais fazem uso dos
recursos da organização para gerar resultados definidos em apoio aos objetivos
da organização.
Daí a
importância dos processos: identificar, entender e gerenciar um sistema de
atividades inter-relacionadas contribui para a melhoria da eficácia e da
eficiência. Um resultado desejado é mais eficientemente atingido quando os
recursos e as atividades são gerenciados como um processo.
A cadeia têxtil tem seu processo iniciado
pela escolha da matéria prima a ser transformada, a fim de que se tornem
produtos passíveis de serem consumidos. Sendo que esta possui uma linha
verticalizada e complexa, abrangendo
desde o cultivo de fibras naturais, principalmente o algodão, que será
utilizado como matéria prima, até a sua
industrialização e comercialização como produto final. A produção na indústria
do vestuário exige o planejamento, a programação, um processo sistematizado e
um controle, esses elementos são a base para um sistema produtivo com
qualidade.
4. Conceitos
fundamentais para o gerenciamento dos processos.
Existem alguns
conceitos subjacentes ao Gerenciamento de Processos que contribuem para o
entendimento da aplicação desta metodologia, são eles:
Sistema:
“são os um conjunto de partes inter-relacionadas que funcionam como um todo
para alcançar um propósito comum. (DAFT, 2007. p. 39).
Cliente: A
caracterização dos clientes serve para identificar os fornecedores e para
dividir os clientes interno e os clientes externos, a fim de disseminar aos
colaboradores a importância do atendimento pleno das necessidades destes
clientes.
Conforme, Daft (2007,
p. 50) cliente “é qualquer pessoa que seja impactada pelo produto ou processo”.
É a razão de ser de toda e qualquer atividade executada, por isso nunca deve
haver processo sem cliente.
Clientes externos, na
visão de Daft (2007, p. 54), são funcionários que são destinatários dos
serviços de um fornecedor interno como fator necessário ao desempenho de seus
cargos. E os clientes internos são os próprios empregados da organização.
Fornecedor:
Conforme
o Art. 3º da Lei nº 8.078/90 do Código de Defesa do Consumidor, é toda pessoa
física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os
entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Produtos:
são
os resultados finais do processo de entrega de serviços ou de produção conforme
percebidos e valorizados pelos clientes.
Insumos:
são
todos os recursos necessários para criar ofertas de serviços (força de
trabalho, matéria-prima, energia e capital).
Após o entendimento das partes e dos recursos
envolvidos no processo, os gestores passam a ter uma base para poderem definir
os critérios que embasarão a escolha dos Processos Críticos.
5 Escolha
dos processos críticos.
O
gerenciamento de processos analisa profundamente todas as entradas e saídas dos
processos, bem como suas finalidades, deficiências e valor agregado à
organização. Através de uma análise profunda dos seus processos e da
identificação dos processos críticos, procura-se determinar as principais
deficiências desses processos e as sanar pela implantação de ações de melhoria.
Em geral,
os processos críticos selecionados são aqueles que apresentam os maiores
problemas em relação ao cumprimento de um determinado objetivo. (HARRINGTON, 1998, p. 42).
Os
critérios apontados por Harrington (1998) para a escolha dos processos críticos
estão nas atividades que representam fatores críticos para os demais setores da
organização, nas atividades que consomem muitos recursos, nas que prejudicam o macroprocesso
e nas que representam risco ao funcionário.
Para se escolher o processo crítico ou processos críticos, verificam-se
quais são os processos que têm ligação direta com os fornecedores externos,
pois estes processos são de importância crucial para se avaliar os fornecedores
e, conseqüentemente, melhorar a sua qualidade. Desta forma, se a qualidade dos processos for boa, escolhem-se
como processos críticos apenas os processos que têm ligação direta com os
fornecedores externos. No entanto, se houver muitos problemas nos processos
internos, estes também devem ser selecionados como processos críticos, dado que
não basta melhorar a qualidade do fornecedor, se a qualidade interna da empresa
for deficiente. (HARRINGTON, 1998.).
O
Gerenciamento de Processos está atrelado à Qualidade e Melhoria Contínua, uma
vez que resume claramente os objetivos dessa metodologia, permitindo definir e
analisar os processos críticos do sistema de produção e propondo soluções para
a busca permanente da satisfação do cliente. O fluxo do processo pode ser
documentado a partir do mapeamento do processo.
O
mapeamento do processo é um trabalho de coleta de dados junto aos participantes
do processo, que mais o conhecem, tais como operadores e encarregados. È no
mapeamento do processo que estão todas as informações agrupadas.
6 Ferramentas de qualidade para
gerenciar o processo.
Para gerenciar os processos e, sobretudo,
tomar decisões com maior precisão, se faz necessário trabalhar com base em
fatos e dados, ou seja, informações geradas no processo buscando e
interpretando corretamente as informações disponíveis como forma de eliminar o
empirismo. Existem técnicas importantes e eficazes, denominadas de ferramentas
da qualidade.
Ferramentas
básicas de qualidade:
·
Diagramas de processo;
·
Análise de pareto;
·
Diagramas de causa e efeito;
·
Diagramas de correlação;
·
Histogramas;
·
Cartas de controle de processos;
·
Folha de verificação.
Tais ferramentas da qualidade passam a ser de
grande utilidade no momento em que as pessoas que compõem a organização começam
a dominar e praticar o método PDCA de gerenciamento de processos.
Ferramentas
gerenciais da qualidade:
·
Diagrama de afinidade;
·
Diagrama de inter-relações;
·
Diagrama de Árvore e diagrama PDPC;
·
Matriz de relação;
·
Matriz de priorização.
8
Conclusão
O
mapeamento de processos não é a etapa onde aparecem as melhorias, mas é a que
favorece, partindo de um conhecimento detalhado da empresa, uma visão global de
seus processos. Cada empresa realizará, a partir de seus processos e problemas
específicos, os ajustes necessários para a aplicação da metodologia. A
metodologia de gerenciamento de processos facilita a identificação do
fornecedor, do cliente e do fluxo de produção.
O
gerenciamento oferece muitas vantagens:
ü Uma
visão ampla do negócio da empresa;
ü Entendimento
do processo geral;
ü Implementação
para mudanças;
ü Envolvimento
dos funcionários.
Uma
das principais vantagens do gerenciamento de processos Controle Total de
Qualidade. Os processos críticos devem ser mapeados e analisados pelos sócios
da empresa. Com auxílio das ferramentas da qualidade os gerentes terão apoio
para tomada das decisões e resoluções dos problemas que se apresentam, os
mesmos devem estabelecer com clareza as metas de melhoria que querem alcançar
para que se alcance o resultado esperado. A mudança deve começar pela direção,
gerentes devem tomar conhecimento da importância de planejar os seus processos,
tornando com isso o processo mais lucrativo e ágil.
O método do
Gerenciamento de Processos pode ser aplicado em qualquer empresa, por isso tem
sido citado como uma ferramenta bastante eficaz para agregar valor aos
produtos.
Busca como meta final
a desfuncionalização da organização. Como isto não pode acontecer da noite para
o dia, seu objetivo é continuar quebrando os desvios funcionais sobre os quais
a maioria dos gerentes e executivos opera; e conduzir, cada vez mais, a
operação dos negócios para uma orientação de processos ou horizontalização.
REFERENCIAS
DAFT, Richardt L. Administração. São Paulo, Thomsom Learning, 2007.
HALL, Richardt H. Organizações: estrutura, processos e resultados. São Paulo, Pearson
Prentice Hall, 2004.
HARRINGTON, J. Aperfeiçoamento Total dos Processos Empresarias. São Paulo, Makron
Books, 1998.
* Acadêmica
de Pós-Graduação Lato Sensu
Especialização em Negócios do Vestuário pela Federação das Indústrias do
Estado de Santa Catarina Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –
SENAI/SC. E-mail: sandradenisel@gmail.com
quarta-feira, 18 de abril de 2012
B3G Consultoria em Gestão Ltda
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segunda-feira, 9 de abril de 2012
terça-feira, 6 de março de 2012
Uma breve análise da evolução do balanço de pagamentos no Brasil.
NASCIMENTO, Ronaldo Edson. SOUZA, André Fábio de. Uma Breve Análise da Evolução do Balanço de Pagamentos no Brasil.
Este artigo foi elaborado pelos autores: EDSON RONALDO DO NASCIMENTO. Economista, Especialista em Finanças Públicas, Coordenador de Finanças do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC. ANDRÉ FÁBIO DE SOUZA. Economista, Analista de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC.
INTRODUÇÃO:
Este trabalho irá demonstrar o quanto é importante um balanço de pagamentos para a economia de um país. Além disso, irá tratar sobre a evolução do balanço de pagamentos no Brasil, e também porque as importações e exportações são tão importantes e deveriam ser controladas por todos os países. Assim demonstraremos alguns índices ou informações que estarão contidos neste resumo, assim concluindo que a informação é de forma, importante para o país.
Uma Breve Análise da Evolução do Balanço de Pagamentos no Brasil
Nas últimas duas décadas a economia brasileira passou por grandes transformações. A economia brasileira sofreu varias crises. A partir da década de 80 até atualidade tivemos a evolução do Balanço de Pagamentos do Brasil. Neste período tivemos a implantação de vários planos econômicos, onde o objetivo era a estabilização dos preços na economia. Plano Cruzado I e II (1986), Plano Bresser (1987), Plano Verão (1989), Plano Collor I e II (1990 e 1991) e, finalmente, o Plano Real (1994).
O balanço de pagamentos é apresentado na forma de plano de contas as transações econômicas com o resto do mundo durante um determinado período. No Brasil o balanço de pagamentos é elaborado pelo Banco Central – BACEN. O Banco Central divulga o balanço de pagamento mensalmente, existe um manual do balanço de pagamentos, tudo deve ser feito dentro da metodologia e as transações são efetuadas entre residente e não-residentes no país. Todas as transações são quantificadas na forma de registro contábil.
Com os lançamentos de credito podemos identificar as exportações do país, como bens e serviços. Com os lançamentos de débito podemos destacar as importações como pagamentos de fretes.
O balanço de pagamentos é apresentado de forma sintética e segue uma estrutura. Transações correntes, a balança comercial é apresentada de forma mais desagregada. Dentro do grupo das transações concorrentes encontramos 3 subgrupos: A balança comercial saldo entre importação e exportação de mercadorias. Balança de serviços e Rendas recebidas e enviadas ao exterior. Transferências Unilaterais correntes que são donativos.
O resultado do balanço de pagamentos representa a soma das transações correntes mais movimento de capitais mais erros e emissões que corresponde a um indicador da saúde financeira de um país e de sua independência econômica em relação ao resto do mundo. Quando uma nação apresenta um déficit no balanço de pagamentos, esse resultado deve ser coberto com as reservas que o país tiver em estoque ou empréstimos.
As contas nacionais estão no centro das discussões macroeconômicas da atualidade. A balança comercial representa o fluxo de mercadorias entre um país e o exterior. As dívidas contratadas pelo Brasil nas décadas de 60 e 70 foram feitas a taxas flutuantes, obtiveram grande aumento no mercado internacional. A política comercial começa a ganhar novos contornos a partir de 89 com o governo Collor. Houve a dramática tentativa do controle de inflação.
Em 90, houve uma abertura maior no mercado externo, através da redução tarifaria, aumentos na exportação e importação, melhorias da qualidade dos produtos brasileiros. Com a implantação do Real, a política cambial passou a ser um instrumento de controle de inflação. A situação da balança comercial teve crescimento devido aumento da demanda de alguns países. A indústria nacional vem crescendo impulsionado pelo dinamismo das exportações. O superávit da Balança Comercial é financiado em parte pelo investimento direto estrangeiro, que é desejável para aumentar a competitividade do país hospedeiro em um mercado mundial globalizado.
A balança de serviços e rendas também faz parte do balanço de pagamentos, pois é outro grupo de contas de transações correntes. O setor de serviços tem ganhado uma importância maior, porque as pessoas hoje em dia estão muito acomodadas e ao invés de irem atrás do que querem, preferem pagar para que o produto ou serviço chegue até a sua casa. Mas apesar disso tudo, o Brasil tem uma participação muito pequena em relação à exportação mundial de serviços, pois ele contribui com apenas 1 % do fluxo de exportação mundial de tais serviços.
Além disso, a renda do Brasil em relação às exportações é geralmente negativa, pois ele exporta muito menos do que importa, fazendo com que haja sempre déficits na sua economia, ao invés de gerar superávits, mas não podemos criticar muito, pois esta é uma característica dos países emergentes.
No Brasil, a partir de 1992 ocorreram muitas entradas de capitais, o que fez com que o superávit do país ficasse maior do que os seus déficits. Mas segundo os autores Lima e Hartmann (2001), tanta entrada de capital pode provocar um déficit no país, fazendo com que a dívida externa aumente exageradamente, pois claro, qualquer país tem que comprar coisas do exterior, mas também não devemos abusar, pois a dívida externa que temos já é grande, e ainda se continuarmos assim, o Brasil além de não melhorar, só irá piorar a situação se ficar devendo ainda mais para os outros países.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir que o balanço de pagamentos é muito importante para o país, pois ele reflete principalmente como está a economia de um país em relação ao exterior, além de fornecer dados que fazem com que as pessoas que o administram parem para pensar um pouco se devem ou não importar produtos ou serviços por causa de suas dívidas externas. No período recente o Brasil está exportando muitos produtos com alta tecnologia, o que vem fazendo com que haja um aumento nas exportações. Isso é bom pois se o Brasil souber se aproveitar de toda tecnologia que possui para criar produtos, só através de exportação ele pode dar uma boa aliviada nessa dívida externa que tornou-se uma “pedra no sapato” em relação ao crescimento da economia do Brasil.
1-O que é balanço de pagamentos?
O Balanço de Pagamentos é o demonstrativo da contabilidade nacional. É o registro contábil de todas as transações comerciais e financeiras de um país e com o resto do mundo durante determinado período (um ano, em geral). Os dois principais componentes do balanço de pagamentos são a conta corrente (que engloba a balança comercial, a balança de serviços e também as transferências unilaterais) e a conta de capital.
A balança comercial é resultado das exportações e importações de um país.
A conta de serviços e rendas une fluxos de entradas em suas diversas modalidades de empréstimos externos e de saídas que servem para pagar juros, além de remessas de lucros e de serviços em geral (como viagens e transportes).Já as transferências unilaterais são os recursos enviados por brasileiros que moram no exterior.
2- Qual a função?
É um instrumento que nos permite acompanhar detalhadamente a evolução dos fluxos de recursos de materiais e financeiros entre os agentes internos e externos de uma determinada economia. No Brasil o balanço de pagamentos é elaborado pelo Banco Central.
3- Qual seu entendimento sobre a evolução do BP do Brasil?
A evolução do balanço de pagamentos aconteceu devido a mudança no regime de política econômica. Mas um dos fatores da evolução é de forma geral é o desempenho financeiro. As exportações continuam em queda, principalmente os produtos básicos como, farelo de soja e café. No Brasil o passivo externo bruto apresentou um crescimento constante durante o período do artigo que o professor Otavio disponibilizou.
No Brasil, o que tem dificultado o equilíbrio no balanço de pagamentos é o endividamento externo muito elevado da economia brasileira. Mas, apesar de tudo, o Brasil ainda exporta mais do que importa, o que provoca um superávit na balança comercial que não deixa o Brasil ficar tão vulnerável em relação aos demais países.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Organizações e administração
Resumo
A Sociedade humana é feita de muitas organizações. Dentro de cada organização as atividades são divididas. Na nossa organização ela é dividida por atividades, cada pessoa tem sua função, desde atendimento cliente por telefone ou pessoalmente, cobrança, etc...
As organizações oferecem aos colaboradores meios de subsistência, como: salário, abonos e lucros que são divididos ou distribuídos dentro da organização. O desempenho das organizações é muito importante, tanto para os clientes como para seus colaboradores. Com um bom desempenho eficaz no negócio, a satisfação de nossos clientes,satisfação dos colaboradores e eficiência no uso dos recursos.
Uma organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo. Uma organização é formada por pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos financeiros e outros. As organizações são orientadas para alcançarem objetivos e metas, que são estipulados pela empresa. Os processos de transformação da organização são: disponibilização de pessoas, equipamentos, matéria-prima em geral. Dentro de cada organização, cada pessoa realiza tarefas específicas. As funções organizacionais são as tarefas especializadas que as pessoas e os grupos executam. O objetivo básico da função de produção é fornecer o produto ou serviço da organização. O objetivo básico da função de marketing é estabelecer e manter a ligação entre organização e seus clientes. A função financeira cuida do dinheiro da organização. A função de recursos humanos, ou gestão de pessoas, tem como objetivo encontrar, atrair e manter as pessoas de que a organização necessita.
Eficácia é a palavra usada para indicar que a organização utiliza produtivamente, ou de maneira econômica, seus recursos. Administração significa, em primeiro lugar, ação. Para termos uma boa administração é necessário ter um processo dinâmico. Temos 5 processos interligados planejamento, organização, liderança, execução e o controle, todos são essenciais para o bom funcionamento da empresa.
As pessoas que administram qualquer conjunto de recursos são administradores, gerentes ou gestores. Definir e procurar realizar objetivos pessoais, como planos de carreira ou elaborar e companhar orçamentos domésticos ou escolher a época de férias e programar uma viajem são todos exemplos de decisões administrativas. Precisamos detalhar e elaborar um bom orçamento para poder fazer o que foi planejado.
Autora: Sandra Denise Lach
Resenha Crítica - Convite a filosofia.
CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 13 ed. - São Paulo: Ática, 2006
1 CREDENCIAIS DA AUTORA
O livro utilizado para realizar parte da resenha foi elaborado pela professora de Filosofia na Universidade de São Paulo e uma das mais prestigiadas intelectuais brasileiras, com presença atuante no debate político nacional e na construção da democracia no Brasil. Outras obras da autora MARILENA CHAUÍ: A nervura do real; Introdução á história da filosofia; Cultura e democracia; Da realidade sem mistérios ao mistério do mundo, entre outros livros.
2 RESUMO
Por que Sócrates é considerado o “patrono da Filosofia”? Porque jamais se contentou com as opiniões estabelecidas, com os preconceitos de sua sociedade, com as crenças inquestionadas de seus conterrâneos.
Mito da caverna, que serve para explicar a evolução do processo de conhecimento. Segundo ele, a maioria dos seres humanos se encontra como prisioneira de uma caverna, permanecendo de costas para a abertura luminosa e de frente para a parede escura do fundo. Temos, em nossa sociedade, verdades estabelecidas que, embora sejam variáveis, normalmente, não são questionadas. Acreditamos que as coisas e os acontecimentos se relacionam e que podemos manipular essas relações em benefício próprio.
Acreditamos que as coisas e os acontecimentos se relacionam e que podemos manipular essas relações em benefício próprio. Existem relações de causa e efeito entre as coisas, onde houver uma coisa certamente houve uma causa para sua existência. Maria está mais jovem do que Glorinha, coisas, pessoas, situações, fatos podem ser comparadas e avaliadas, julgados por sua qualidade ou quantidade, podem ser conhecidas e usadas em nossa vida.
Os procedimentos rigorosos de pensamento contribuem diretamente para o verdadeiro conhecimento da ciência, a necessidade de entender filosofia vem desde a Grécia antiga e abrangia os mais diversos tipos de conhecimento o que hoje entendemos como pertencentes à matemática, astronomia, física, biologia a lógica, ética e tantas outras ciências, a filosofia não estudava cada uma dessas ciências separadamente seu objetivo era conhecer toda a realidade sem divisão.
O homem ao longo da história vem tentando entender e procurando respostas para muito de seus questionamentos, cada ser carrega em si a necessidade de entender suas próprias verdades e as verdades do mundo deixando de ser uma pessoa isolada, e a filosofa tem seu papel fundamental nesse processo. Somos diretamente influenciados pela família, pela sociedade, que acabam ditando as regras influenciando diretamente nosso modo de agir e de pensar, mas Descartes deixa claro que cada indivíduo é livre para sustentar suas crenças e verdades utilizando-se de vários métodos para isso.
Por muitos anos os primeiros filósofos gregos compartilharam de diversas crenças místicas enquanto desenvolviam um conhecimento racional que chegaria a filosofia, ou seja, a filosofia grega seguiu tentando desenvolver o logos o saber racional em contraste com o mito o saber alegórico, ou seja, o mito é como uma fantasia e o logos a razão. Muitos são os fatores que contribuíram para o desenvolvimento da filosofia na Grécia as viagens marítimas, a criação do calendário entre outros acontecimentos desmistificariam a ilusão das pessoas com relação ao mundo.
Mito da caverna, que serve para explicar a evolução do processo de conhecimento. Segundo ele, a maioria dos seres humanos se encontra como prisioneira de uma caverna, permanecendo de costas para a abertura luminosa e de frente para a parede escura do fundo. Temos, em nossa sociedade, verdades estabelecidas que, embora sejam variáveis, normalmente, não são questionadas. Acreditamos que as coisas e os acontecimentos se relacionam e que podemos manipular essas relações em benefício próprio.
Acreditamos que as coisas e os acontecimentos se relacionam e que podemos manipular essas relações em benefício próprio. Existem relações de causa e efeito entre as coisas, onde houver uma coisa certamente houve uma causa para sua existência. Maria está mais jovem do que Glorinha, coisas, pessoas, situações, fatos podem ser comparadas e avaliadas, julgados por sua qualidade ou quantidade, podem ser conhecidas e usadas em nossa vida.
Os procedimentos rigorosos de pensamento contribuem diretamente para o verdadeiro conhecimento da ciência, a necessidade de entender filosofia vem desde a Grécia antiga e abrangia os mais diversos tipos de conhecimento o que hoje entendemos como pertencentes à matemática, astronomia, física, biologia a lógica, ética e tantas outras ciências, a filosofia não estudava cada uma dessas ciências separadamente seu objetivo era conhecer toda a realidade sem divisão.
O homem ao longo da história vem tentando entender e procurando respostas para muito de seus questionamentos, cada ser carrega em si a necessidade de entender suas próprias verdades e as verdades do mundo deixando de ser uma pessoa isolada, e a filosofa tem seu papel fundamental nesse processo. Somos diretamente influenciados pela família, pela sociedade, que acabam ditando as regras influenciando diretamente nosso modo de agir e de pensar, mas Descartes deixa claro que cada indivíduo é livre para sustentar suas crenças e verdades utilizando-se de vários métodos para isso.
Por muitos anos os primeiros filósofos gregos compartilharam de diversas crenças místicas enquanto desenvolviam um conhecimento racional que chegaria a filosofia, ou seja, a filosofia grega seguiu tentando desenvolver o logos o saber racional em contraste com o mito o saber alegórico, ou seja, o mito é como uma fantasia e o logos a razão. Muitos são os fatores que contribuíram para o desenvolvimento da filosofia na Grécia as viagens marítimas, a criação do calendário entre outros acontecimentos desmistificariam a ilusão das pessoas com relação ao mundo.
A história da filosofia é marcada por dois períodos distintos a fase inaugural da filosofia grega é marcada como o período pré-socrático composto por Tales, além de Tales podem-se citar outros dois filósofos importantes Anaximandro e Anaxímenes. Entre os objetivos desses primeiros filósofos podemos citar a Cosmologia a tentativa racional de explicar o universo. Chegamos então ao aparecimento de Sócrates.
Com as cidades virando grandes metrópoles surgem os chamados Sofistas que eram filósofos que defendiam a arte da oratória. Sócrates era contra os sofistas dizia que eles não eram filósofos porque não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade.
A proposta de Sócrates era que antes de tudo cada um conhecesse a si mesmo, ou seja, ele passou a fazer com que o povo pensasse sobre outras coisas, que questionassem e não aceitassem tudo que os poderosos queriam passivamente. Sócrates então passa a ser um perigo contra os poderosos foi acusado de vários crimes e condenado ao suicídio.
Esta situação nos remete aos dias de hoje, estamos vendo muitas coisas erradas acontecendo ao nosso redor muitas vezes discordamos da situação, mas continuamos de braços cruzados aceitando as barbaridades de certos políticos sem reagir. Temos memória curta e nas eleições seguintes elegemos novamente quem mentiu quem roubou nos tornado cúmplice dos erros dos poderosos. Então eu me pergunto onde está nossa capacidade de pensar, de saber o que é certo e o que está errado, será que precisamos de um novo Sócrates para nos mostrar novamente qual é o caminho? Aristóteles discordava em alguns pontos de Platão. Não acreditava que existisse um mundo das idéias abrangedor de tudo existente; achava que a realidade está no que percebemos e sentimos com os sentidos, que todas as nossas idéias e pensamentos tinham entrado em nossa consciência através do que víamos e ouvíamos e que o homem possuía uma razão inata, mas não idéias inatas. Aristóteles afirma que, antes de um conhecimento constituir seu objeto e seu campo próprio, seus procedimentos próprios de aquisição e exposição, de demonstração e de prova, devem primeiro, conhecer as leis gerais que governam o pensamento, independentemente do conteúdo que possa vir a ter. O estudo das formas gerais do pensamento, sem preocupação com seu conteúdo, chama-se lógica, e Aristóteles foi o criador da lógica como instrumento do conhecimento em qualquer campo do saber. A lógica não é uma ciência, mas o instrumento para a ciência. Para Aristóteles, a lógica não era uma ciência teorética, nem prática ou produtiva, mas um instrumento para as ciências.
A filosofia patrística resultou do esforço feito por Paulo e João e pelos primeiros padres da igreja para conciliar a nova religião o cristianismo, patrística liga-se a tarefa religiosa de evangelização. O desafio da filosofia patrística era conciliar razão e fé. Filosofia medieval abrange pensadores europeus, árabes e judeus. Nesta época a igreja romana dominava a Europa. A filosofia da renascença é marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na idade média e de novas obras de Aristóteles, que passam a ser lidas em grego e a receber novas traduções. A filosofia moderna, este período nasce o ceticismo, a dúvida da capacidade da razão humana para conhecer a realidade exterior ao homem. Filosofia contemporânea, é o período mais próximo de nós, parece ser o mais difícil de definir, pois as diferenças entre as várias filosofias ou posições filosóficas nos parecem muito grandes porque as estamos vendo surgir diante de nós. É uma leitura que exige conhecimentos prévios para ser entendida, além de diversas releituras.
A proposta de Sócrates era que antes de tudo cada um conhecesse a si mesmo, ou seja, ele passou a fazer com que o povo pensasse sobre outras coisas, que questionassem e não aceitassem tudo que os poderosos queriam passivamente. Sócrates então passa a ser um perigo contra os poderosos foi acusado de vários crimes e condenado ao suicídio.
Esta situação nos remete aos dias de hoje, estamos vendo muitas coisas erradas acontecendo ao nosso redor muitas vezes discordamos da situação, mas continuamos de braços cruzados aceitando as barbaridades de certos políticos sem reagir. Temos memória curta e nas eleições seguintes elegemos novamente quem mentiu quem roubou nos tornado cúmplice dos erros dos poderosos. Então eu me pergunto onde está nossa capacidade de pensar, de saber o que é certo e o que está errado, será que precisamos de um novo Sócrates para nos mostrar novamente qual é o caminho? Aristóteles discordava em alguns pontos de Platão. Não acreditava que existisse um mundo das idéias abrangedor de tudo existente; achava que a realidade está no que percebemos e sentimos com os sentidos, que todas as nossas idéias e pensamentos tinham entrado em nossa consciência através do que víamos e ouvíamos e que o homem possuía uma razão inata, mas não idéias inatas. Aristóteles afirma que, antes de um conhecimento constituir seu objeto e seu campo próprio, seus procedimentos próprios de aquisição e exposição, de demonstração e de prova, devem primeiro, conhecer as leis gerais que governam o pensamento, independentemente do conteúdo que possa vir a ter. O estudo das formas gerais do pensamento, sem preocupação com seu conteúdo, chama-se lógica, e Aristóteles foi o criador da lógica como instrumento do conhecimento em qualquer campo do saber. A lógica não é uma ciência, mas o instrumento para a ciência. Para Aristóteles, a lógica não era uma ciência teorética, nem prática ou produtiva, mas um instrumento para as ciências.
A filosofia patrística resultou do esforço feito por Paulo e João e pelos primeiros padres da igreja para conciliar a nova religião o cristianismo, patrística liga-se a tarefa religiosa de evangelização. O desafio da filosofia patrística era conciliar razão e fé. Filosofia medieval abrange pensadores europeus, árabes e judeus. Nesta época a igreja romana dominava a Europa. A filosofia da renascença é marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na idade média e de novas obras de Aristóteles, que passam a ser lidas em grego e a receber novas traduções. A filosofia moderna, este período nasce o ceticismo, a dúvida da capacidade da razão humana para conhecer a realidade exterior ao homem. Filosofia contemporânea, é o período mais próximo de nós, parece ser o mais difícil de definir, pois as diferenças entre as várias filosofias ou posições filosóficas nos parecem muito grandes porque as estamos vendo surgir diante de nós. É uma leitura que exige conhecimentos prévios para ser entendida, além de diversas releituras.
Planos Econômicos Década de 80
Este trabalho apresenta os diferentes planos econômicos pós-ditadura que objetivavam contenção da inflação e da desvalorização do câmbio. Mostra o Governo Sarney com o Plano Cruzado, Plano Bresser e Plano Verão (este último o mais catastrófico de todos) no período em que deixamos de pagar a dívida externa e a inflação não parava de subir; O Governo Collor com os Planos Collor I e II, no período em que houve o impeachment; e finalmente o Governo Itamar quando foi criado o Plano Real pelo então senador Fernando Henrique Cardoso, que perdura até hoje como o mais bem sucedido plano econômico brasileiro.
Palavras - chave: plano econômico; inflação; desvalorização do câmbio
1 INTRODUÇÃO
A última eleição indireta de um candidato civil, em 1985, dá início à transição democrática, porém esta só se consolida em 1988, no governo de José Sarney, quando é promulgada a nova Constituição por uma Assembléia Constituinte. À volta aos padrões democráticos não é suficiente para superar os graves problemas sociais e econômicos advindos da inflação e do endividamento externo.
Este trabalho permite a todos os leitores e empresários se orientar e obter informações sobre os diferentes planos econômicos posteriores a queda da ditadura militar.
A estabilidade econômica era um dos principais alicerces para um país recém-liberto do regime opressivo. As eleições de 1985 elegeram Tancredo Neves como presidente. Porém este morreu antes de assumir. Caberia a seu vice, José Sarney, iniciar as tentativas de consolidação da economia brasileira.
2 DADOS GERAIS DOS PLANOS ECONÔMICOS DECÁDA DE 80
2.1 PLANO CRUZADO – FEVEREIRO 1986
Criado pelo governo José Sarney no final de fevereiro de 1986, o Plano Cruzado foi idealizado por Dilson Funaro, então ministro da Fazenda. Entre as principais medidas estavam:
· Congelamento de preços de bens e serviços;
· Reforma monetária, alterando a moeda que passou a se chamar cruzado;
· Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses e do salário mínimo em Cz$ 804,00;
· Criação de uma tabela de conversão para transformar as dívidas contraídas em uma inflação muito alta em dívidas contraídas em uma economia de inflação praticamente nula;
· Criação de um tipo de seguro-desemprego para quer fosse dispensado sem justa causa ou em virtude do fechamento de empresas;
· Salários passam a ser reajustados pelo chamado gatilho salarial, que estabelecia o reajuste automático dos salários sempre que a inflação alcançasse 20%.
Em um primeiro momento, o Plano Cruzado teve amplo apoio popular e até mesmo seus opositores passaram a apoiá-lo. No entanto as coisas começaram a não dar certo, pois os preços relativos da economia estavam desequilibrados. Com isso, muitos produtores não puderam reajustar seus preços (que eram corrigidos no início de cada mês) e acabaram perdendo rentabilidade no negócio ou, em alguns casos, ficando com preços mais baixos que os custos. Isso levou à queda na qualidade de diversos produtos.
Além disso, o congelamento não permitiu que os preços que variam de acordo com a época do ano se ajustassem o que levou ao desabastecimento de alguns bens e o surgimento do ágio para a compra de produtos como carne, leite e automóveis. Para piorar a situação, o governo concedeu um abono de 16% ao salário mínimo e de 8% aos funcionários públicos, o que estimulou o consumo e aumentou a demanda, que não pode ser ajustada por um aumento de preço.
O governo seguia com elevados gastos público e manteve o congelamento da taxa de câmbio, o que levou o país a perder uma parcela considerável das reservas internacionais e os juros da economia estavam negativos o que desestimulava a poupança e pressionava o consumo.
A proximidade das eleições para os governos estaduais impediu a adoção de medidas para salvar o Plano Cruzado. Após a base governista vencer em 22 dos 26 estados, as coisas começaram a mudar. O primeiro passo foi descongelar os preços, mas com isso a inflação voltou com força e naufragou o plano.
A proximidade das eleições para os governos estaduais impediu a adoção de medidas para salvar o Plano Cruzado. Após a base governista vencer em 22 dos 26 estados, as coisas começaram a mudar. O primeiro passo foi descongelar os preços, mas com isso a inflação voltou com força e naufragou o plano.
Como resultado tivemos:
* Preços, salários e taxa de câmbio que ficaram estáveis por seis meses;
* Crescimento momentâneo do PIB (produto interno bruto);
* Crise no balanço de pagamentos;
* E deterioração das expectativas dos agentes acerca de novas medidas.
Para uma melhor análise do Plano Cruzado, vamos dividi-lo em três partes: O primeiro período irá de março a junho de 1986, o segundo irá de julho a outubro de 1986 e o terceiro irá de novembro de 1986 a junho de 1987.
1º Período: Cruzado I
O Plano Cruzado I é caracterizado por congelamento de preços e apesar de ser lançado na forma de um decreto-lei, o plano foi recebido com muito entusiasmo pela população. Com esse entusiasmo, o congelamento de preços se tornou muito importante para o programa de estabilização. As taxas de inflação começaram a cair abruptamente nos meses seguintes como podemos ver na Tabela I.
TABELA I
Mês | Geral |
Jan. | 14,05 |
Fev. | 10,86 |
Mar. | 1,83 |
Abr. | 2,31 |
Mai. | 1,92 |
Jun. | 0,96 |
Jul. | 1,07 |
Ago. | 1,88 |
Set. | 1,43 |
Out. | 3,08 |
Nov. | 4,43 |
Dez. | 10,3 |
2º Período: Cruzadinho
Em 24 de julho, o governo anunciou o "Cruzadinho", um pacote fiscal feito para desaquecer o consumo, devido às eleições para Governador e para a Assembléia constituinte, o pacote teve pouca eficácia. Ao contrário do que era esperado pelo governo, a expectativa do descongelamento dos preços impulsionou novamente a demanda. A tabela II nos mostra que a produção de bens duráveis atingiu um pico em setembro, mesmo com vários setores da economia operando com escassez de matéria-prima.
TABELA II
Prod.Fís. BC Durável | |
Data | INDICE |
07/1986 | 65,08 |
08/1986 | 66,03 |
09/1986 | 78,22 |
10/1986 | 78,11 |
11/1986 | 78,13 |
3º Período: Cruzado II
Uma semana após as eleições na qual o partido do governo (PMDB) teve uma vitória expressiva, perdendo somente o estado de Sergipe para o PFL. Foi lançado o Cruzado II. O plano foi um "pacote fiscal" que tinha como objetivos uma aumento de arrecadação do governo em 4% do PIB através de reajustes nos preços da gasolina, energia elétrica e telefonia. E também um aumento nos impostos indiretos, que eram os casos dos automóveis bebidas e cigarros. O primeiro resultado dessas medidas foi um choque inflacionário. Como pode ser visto na Tabela I na primeira página desse artigo. A taxa de inflação que era de 3,08 e 4.43 passou para 10,3 em dezembro de 1986.
Em fevereiro de 1987 o governo federal suspendeu o congelamento dos preços e reintroduziu a correção monetária. Como conseqüência houve queda nas vendas, pois o salário real encurtou, a taxa de juros aumentou e a incerteza sobre o futuro do plano foi se propagando Brasil afora. Com a recessão instaurada o governo, sem reservas cambiais, impôs restrições a importações de matérias-prima essenciais, deteriorando ainda mais a balança comercial brasileira. Sem chances de recuperação, o governo brasileiro decreta a moratória do pagamento de juros da dívida externa. O objetivo da moratória era estancar as perdas cambiais e iniciar uma nova fase de renegociação da dívida externa. Porém o objetivo extra-oficial seria o de reaver o prestígio popular perdido com o fracasso do plano Cruzado. Mesmo com todos os esforços a inflação não cedia.
TABELA III
Ano: 1987 | |
Mês | Geral |
Jan. | 13,75 |
Fev. | 11,28 |
Mar. | 11,97 |
Abr. | 16,55 |
2.2 PLANO BRESSER – JULHO 1987
O Plano Bresser foi apresentado em 16 de junho de 1987 através de Decretos-Lei 2335/87, 2336/87 e 2337/87, pelo então Ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira, e tinha a missão de controlar a inflação herdada do fracassado Plano cruzado. Em abril de 1987 Luis Carlos Bresser Pereira assume o Ministério da Fazenda do então presidente José Sarney, enfrentando uma inflação de 23,21%.
O principal objetivo do plano não era acabar com a inflação, nem com a indexação, mas evitar a sua aceleração e a hiperinflação, e para isso era necessário diminuir o déficit público que já representava uma parte considerável do PIB, pois nesta época o governo gastava mais do que arrecadava em impostos.
Uma das armas do ministro foi o congelamento de preços e a desvalorização cambial, mas o que seria uma solução momentânea não resolvia os problemas de longo prazo.
Dados os objetivos do Plano Bresser que tinha caráter emergencial, ao contrário do Plano Cruzado algumas medidas emergenciais foram apresentadas.
Dados os objetivos do Plano Bresser que tinha caráter emergencial, ao contrário do Plano Cruzado algumas medidas emergenciais foram apresentadas.
· Congelamento de salários, com inflação corrigida após seis meses ao nível de
de julho;
de julho;
· Congelamento de preços por três meses, observando que aumentaram vários preços antes do congelamento;
· Mudança da base do índice de Preços ao Consumidor (IPC), incorporada a inflação para não sobrecarregar o mês de julho;
· Desvalorização do câmbio em 9,5% em ao nível de 12 de junho, sem congelamento, mas com desvalorizações suaves, e com menor ritmo;
· Congelamento do preço de aluguéis de junho sem nenhuma compensação;
· Manutenção dos contratos pós fixados e desvalorização mensal de 15% para
os pré fixados;
os pré fixados;
· Criação da (URP), unidade Referencial de Preços, que corrigia os salários de três em três meses.
Entre as atitudes do Plano Bresser, foi mantida uma política fiscal com taxa de juros positiva para incentivar a poupança na tentativa de evitar a formação por parte da população em virtude do choque de oferta, evitando com isso a alta dos preços.
Buscava-se também no futuro a independência do banco central, mas as medidas não se sustentaram.
Conseqüências do Plano
Como política de curto prazo o Plano Bresser teve êxito, inclusive conseguiu equilibrar a balança comercial, mas com o aperto nos preços, a indústria se viu acoada e não se viu incentivada a produzir, resultando em aumento de custos na produção.
O desequilíbrio de preços fez com que a inflação voltasse novamente, pois as pressões das classes trabalhadora e industrial que resultou em ganhos de reajustes para várias categorias começando pelos funcionários do governo e se espalhou para todas as classes.
Os aumentos de salários obtidos pelas pressões, somados aos mecanismos de indexação que foram mantidos a inflação disparou novamente e saiu de controle.
Os aumentos de salários obtidos pelas pressões, somados aos mecanismos de indexação que foram mantidos a inflação disparou novamente e saiu de controle.
No final do ano de 1987, o plano não conseguiu controlar mais o déficit público, apesar de ser este seu objetivo principal. O descontrole veio de muitos lados, o aumento de gasto com funcionalismo e com os repasses para Estados e Municípios e os incentivos às empresas estatais. O que impedia o controle e endurecimento das políticas de austeridade fiscal era o fato de que o Presidente José Sarney tentava esticar o seu mandato para cinco anos, para tinha que obedecer às imposições dos partidos políticos, e com isso o comprometimento com a política monetária deixa de ser a prioridade de seu governo.
Impossibilitado de tocar a política monetária em virtude de interesses contrários do governo Sarney, não o permitindo manter a austeridade fiscal, Bresser pede demissão e assume o Ministro Maílson da Nóbrega
2.3 PLANO VERÃO – JANEIRO 1989
Substituto de Bresser na Fazenda, Maílson da Nóbrega lançou no dia 16 de janeiro de 1989 um plano econômico que ficou conhecido como Verão. A crise inflacionária nos anos 80 levou à edição de uma lei que modificou o índice de rendimento da caderneta, promovendo ainda o congelamento dos preços e salários, a criação de uma nova moeda, o cruzado novo, que inicialmente era atrelada em paridade ao dólar, e a extinção da OTN, importante fator de correção monetária.
Mais uma vez as intenções do governo não deram certo e o Plano Verão gerou uma série de desajustes às cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a 20,37%. Esses prejuízos puderam ser reavidos na Justiça até dezembro do ano passado.
Há 20 anos, o Brasil passava pelo terceiro pacote econômico depois do fim da ditadura militar: o Plano Verão. Baseado em premissas semelhantes aos outros planos criados durante a presidência de José Sarney --o Plano Cruzado (1986) e o Plano Bresser (1987)--, o Plano Verão, em termos numéricos, foi o mais catastrófico. Depois dele a inflação chegou ao mais alto nível na história recente do país --ficou acima dos 80% mensais antes da posse de Fernando Collor-- e gerou problemas judiciais que perduram até hoje devido às perdas bilionárias dos clientes da poupança e dos assalariados. Mas apesar de seus problemas, o Plano Verão teve algum valor por conseguir segurar parcialmente a escalada inflacionária, segundo economistas. Segundo eles, pouco se poderia fazer frente aos diversos problemas macroeconômicos que o país tinha.
Mailson da Nóbrega, ministro da Fazenda durante a implantação do Plano Verão
Para o próprio ministro da Fazenda à época e responsável pelas medidas, Mailson da Nóbrega, não dá para dizer que o Plano Verão deu certo. Ele lamenta não ter obtido êxito na aprovação das medidas fiscais, que seria a parte do plano que teria efeito mais duradouro.
Para o próprio ministro da Fazenda à época e responsável pelas medidas, Mailson da Nóbrega, não dá para dizer que o Plano Verão deu certo. Ele lamenta não ter obtido êxito na aprovação das medidas fiscais, que seria a parte do plano que teria efeito mais duradouro.
Na tentativa de segurar a inflação, as principais medidas anunciadas por Mailson não fugiam muito do que se tinha feito nos planos anteriores: mudança no nome da moeda (na ocasião, de Cruzado para Cruzado Novo), corte de três zeros --transformando 1.000 Cruzados em 1 Cruzado Novo--, congelamento de preços, mudanças nos indexadores de salários e poupança e tentativa de fazer a moeda ter paridade com o dólar.
Como não adotou medidas inovadoras, dizia-se que Mailson fazia apenas o "arroz com feijão", ou seja, levava a situação para que o próximo presidente tomasse medidas mais efetivas.
Como não adotou medidas inovadoras, dizia-se que Mailson fazia apenas o "arroz com feijão", ou seja, levava a situação para que o próximo presidente tomasse medidas mais efetivas.
A meta grande para a época e modesta para os dias de hoje- era fazer a inflação ficar na casa dos 10% ao mês. Em janeiro de 1989, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) marcava 37,49% mensais. Nos três primeiros meses, o pacote teve efeito: a inflação caiu para 16,78% em fevereiro, 6,82% em março e 8,33% em abril. Porém, daí em diante começou a subir até chegar aos 82,39% em março de 1990, quando Sarney deixou o Planalto para a chegada de Collor.
Corte nos gastos
Além da parte relacionada ao setor financeiro em si, o Plano Verão também tinha planejamento para corte dos gastos públicos, já que o desequilíbrio fiscal do governo era considerado o principal motivador da inflação. Entre as medidas nesse sentido, o pacote previa um arrocho fiscal que passaria pela privatização de estatais, extinção de alguns órgãos públicos e a possibilidade de demissão de servidores federais.
Porém, nenhuma dessas medidas foi aprovada no Congresso --que na época não apoiava Sarney. Apenas a medida provisória do congelamento de preços passou pelo crivo dos deputados federais.
Plano Verão deve-se levar em conta que mesmo em situações políticas mais favoráveis como no Plano Real (1994)- não foram tomadas medidas mais contundentes para reduzir o gasto público.
Poupança e salários
Até hoje o país tem resquícios das decisões tomadas no Plano Verão. As mais importantes são as mudanças na indexação da poupança e dos salários.
O rendimento da poupança, na época atrelado ao IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ou pelo rendimento da LBC (Letra do BC), passou a ter como indexador a LTF (Letra Financeira do Tesouro) menos 0,5%. Porém, os bancos deram rendimentos de todo o mês de janeiro atrelados à LTF, quando deveria ter dado atrelado aos indexadores antigos nos dias anteriores à edição do Plano Verão. A diferença de rendimento foi de 16,64%.
2.4 PLANO COLLOR – MARÇO 1990
Anunciado no dia 16 de março de 1990, um dia após a posse do presidente Fernando Collor, o plano foi um conjunto de reformas econômicas que visavam controlar a inflação crescente nos anos anteriores. Oficialmente, o nome do plano era Brasil Novo, mas ficou conhecido popularmente como Plano Collor.
A proposta era combinar a liberação fiscal com a financeira. Para isso, foram adotadas medidas radicais para estabilizar os preços, que foram acompanhadas de programas de reforma da política industrial e do comércio exterior. O governo decidiu também dar início a um programa intitulado Programa Nacional de Desestatização, mais conhecido como PND.
O plano foi efetivamente implementado pela equipe de economistas de Collor, composta por Zélia Cardoso de Mello, Antônio Kandir, Ibrahim Eris, Venilton Tadini, Luís Otávio da Motta Veiga, Eduardo Teixeira e João Maia. Entre as medidas adotadas estavam:
· Substituição do Cruzado Novo pelo Cruzeiro;
· Congelamento de 80% dos bens privados por 18 meses;
· Taxas elevadas em todas as transações financeiras;
· Indexação das taxas;
· Fim da maior parte dos incentivos fiscais;
· Preços reajustados por entidades públicas;
· Câmbio flutuante;
· Abertura da economia para o comércio exterior;
· Congelamento temporário dos salários e preços;
· Extinção de agências do governo para a redução de gastos públicos;
· Estímulo à privatização e início da remoção da regulamentação da economia.
Antes da posse de Collor, o Brasil vivia um processo de hiperinflação, com o índice chegando a uma média mensal de 28,94%. Para conter os preços, a proposta era restringir o fluxo de dinheiro para conter a inflação inercial. No entanto, a queda no comércio gerou uma grande redução da atividade industrial. Em junho de 1990, a inflação estava 9%, contra 81% de março.
No entanto, esse congelamento de ativos, que na prática foi um confisco do dinheiro que a população tinha em conta corrente, começou a gerar outros problemas para a economia. Com um cenário recessivo, as empresas passaram a demitir, muitas fecharam as portas.
No fim de 1990, a inflação já tinha voltado a crescer e fechou o ano com 1.198%. Para tentar reverter à situação, foi lançado o Plano Collor II, que teve uma série de medidas no mercado financeiro que representaram uma política de elevadas taxas de juros. Com um novo congelamento de preços e salários, a inflação fecha 1991 em 481%.
O processo de abertura da economia brasileira obrigou a indústria nacional a investir para se modernizar. No entanto, a inflação seguia um pouco elevada e um escândalo político levou ao impeachment de Collor.
O Presidente da Republica foi substituído sem derramamento de sangue, golpe militar ou qualquer tipo de violência. Foi um processo pela via legal e demonstrou amadurecimento do povo e dos políticos brasileiros, o que foi excepcional para a América Latina. Collor pregava a moralidade, combate à corrupção, porem em seu governo foram constatados muitos casos de corrupção. Paulo César Faria o PC envolvido no esquema de corrupção dentro do próprio governo Collor, sendo que a CPI apurou que muito dinheiro foi para a conta corrente de Collor. Para se ter uma idéia da gravidade, custou aos cofres brasileiros, só para as despesas pessoais do presidente US$10 milhões e 600 mil. Ministros foram denunciados de corrupção, porem não houve condenações, Paulo César Farias chegou a ser preso, mas em pouco tempo ganhou a liberdade e foi curtir uma mansão na praia, onde foi encontrado morto crivado de balas. A policia não conseguiu provar nada, porem a opinião do povo era uma só, seria uma queima de arquivos.
2.5 PLANO REAL – JUNHO 1994
O Plano Real foi um plano econômico, desenvolvido e aplicado no Brasil durante o governo de Itamar Franco. Desenvolvido em 30 de junho de 1994, tinha como principal objetivo à redução e o controle da inflação.Elaborado pelo ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, o plano de estabilização da economia contou com a participação dos seguintes economistas: Gustavo Franco, Pérsio Arida, Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Rezende, entre outros.
Ações e fases do Plano Real:
1ª - Redução de gastos públicos e aumento dos impostos como forma de controlar as contas do governo.
2ª - Criação da Unidade Real de Valor (URV) como forma de desindexar a economia, até então indexada pelos índices de inflação.
3ª - Criação de uma nova moeda forte: o real (R$).
4ª - Aumento das taxas de juros e aumentos dos compulsórios (dinheiro que os bancos devem recolher junto ao Banco Central). Estas medidas tinham como objetivo reduzir o consumo e provocar a queda da inflação.
5ª - Redução dos impostos de importação para aumentar a concorrência com os produtos nacionais, provocando a redução dos preços.
6ª - Controle cambial, mantendo o Real valorizado diante ao Dólar. Esta medida visava estimular a importação e aumentar a concorrência interna, controlando o aumento dos preços dos produtos nacionais.
Resultados e desdobramentos
O Plano Real foi bem sucedido. A inflação passou a ser controlada e diminuiu significativamente com o passar dos anos. Até hoje o Brasil colhe os frutos deste plano econômico, pois temos a inflação perto de 5% ao ano.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que podemos observar é que o Brasil teve muitas dificuldades até encontrar o caminho para a estabilidade econômica.
Para promover um meio de sair da crise econômica, os governos de Sarney e Collor lançaram vários planos: Cruzado, Cruzadinho, Cruzado II (1986); Bresser (1987), Verão (1989), Collor (1990) e Collor 2 (1991). A hiperinflação foi o resultado levando a uma superdesvalorização da moeda. Em 1994, com Plano Real, durante o governo Itamar Franco, e sua manutenção e desenvolvimento no governo do Fernando Henrique Cardoso, o país veio a conhecer uma relativa estabilidade monetária. Os planos econômicos que antecederam o Plano Real foram uma espécie de “laboratório” até encontrarmos a forma ideal.
Sofremos com a hiperinflação, com aumento da dívida externa. No campo político, interesses distintos entre os partidos prejudicaram, corrupção, impeachment de Collor. Tudo isso contribui, para a instabilidade econômica, mas também serviu de experiência do que não devemos fazer.
Mas tudo isso ficou para trás. A economia brasileira é hoje uma das maiores do mundo e provou sua força na crise de 2008, na qual se saiu de forma espetacular. Estamos entre as potências emergentes juntamente, com a Índia e a China.
Com a economia estabilizada, nosso país só tende a crescer visto a sua grandeza, sua importância no cenário mundial.
7 REFERÊNCIAS
BRESSER, VERÃO, COLLOR Plano: Disponível em: http://planobresser.com.br/ Acesso em 10 de Março de 2011.
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser, Economia brasileira: uma introdução crítica. 12. Ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994.
[1] Acadêmico do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Ação de Rio do Sul. andersonluiz22desetembro@gmail.com
[2] Acadêmico do curso de Administração da Faculdade Ação de Rio do Sul. divaldo@inovacaojr.com.br
[3] Acadêmica do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Ação de Rio do Sul. sandradenisel@gmail.com
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